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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Relação Mãe X Filha pelas palavras da Jú....

Não sou ligada em datas, dia disso, dia daquilo..... Sou muito prática e as vezes até estranha, por conta disso...rsrsrs
Mas gostaria de copiar aqui um depoimento de uma pessoinha que amo e admiro muito a Jú.
O texto que compartilho é de uma verdade que chega a doer nas entranhas de quem é mãe (mas é uma dor boa). Sabe todas as frases ditas serviu para mim, sou bem diferente das minhas filhas os nossos lares não são lugares perfeitos, mas com certeza existe muito amor e um pouquinho de tudo o que a Jú tão brilhantemente abordou (por isso o texto é bom pelo fato de ser verdadeiro). Como mãe estamos sempre errando, pois o excesso de amor com certeza não nos deixa ver e agir com clareza e com assertividade, o que podemos é pedir desculpas aos filhos por os amarem tanto. Mas vou deixar de "lenga lenga" e dar um CTRL+C e um CTRL+V e deixar vocês amigos aqui do blog se deliciarem com essa maravilha.
Cantinho da Jú: (com foto dela com sua mãe)



Gostaria de dizer que somos muito parecidas, que somos melhores amigas, que eu não conseguiria viver sem ela, que nossa relação é a mais amigável que se pode ter, ou que ela é a melhor mãe do mundo. Não posso afirmar todas essas coisas, porque simplesmente são fantasias de algo perfeito e a perfeição é tão imaculadamente chata e mentirosa.
Não somos parecidas. Por alguma ironia do destino eu nasci exatamente o oposto dela, peço desculpas por isso....
Não somos melhores amigas, porque melhores amigas não discutem por uma peça de roupa que está no chão, por eu querer sair, ou pelo coquetismo feminino que ela gostaria que eu tivesse, o qual dispenso com tanto desprezo. Não dou a ela esse título meramente adolescente, porque ela é muito mais que isso. É a mais fiel testemunha da minha vida, melhores amigas são apenas para chorar e rir, ela é quem sabe contar a história da minha vida e embora um tanto quanto desvirtuada do que ela sonhava que eu fosse, todo o lado bom dessa minha intensidade toda eu devo a ela.
Nossa relação não é tão amigável já que pensamos de forma absurdamente diferente, mas ela é umas das duas única pessoas pelas quais eu arriscaria a vida, é por ela que eu tento ser uma pessoa melhor e é por ela que eu acordo todos os dias e tento fazer tudo certo, tento dar o melhor de mim em tudo que faço, porque foi ela quem me ensinou a buscar sempre o meu melhor.
Não é a melhor mãe do mundo, porque primeiro, não conheço todas as mães do mundo e segundo, antes de ser mãe, ela é um ser humano, justamente por isso, não é perfeita. Mas, ela sempre doou o seu melhor pra mim, fez o melhor que conseguiu e sempre, invariavelmente, lutou para o meu bem. Pode não ser a melhor do mundo, mas sempre fez o melhor, que, afinal, se conseguiu fazer, e, a isso eu devo a minha vida, a isso eu presto reverencia, pois não há beleza maior do que um ser humano com todos os seus defeitos e qualidades, lutar dia após dia para se realizar um bom trabalho, superar suas limitações e não só tentar, mas finalmente conseguir dar o seu melhor em algo. Obrigada por tudo isso.
Não é que eu não consiga viver sem ela, definitivamente eu conseguiria, mas eu não quero viver sem ela. Não quero perder os seus conselhos, embora eu siga uma parcela muito pequena deles, sua voz os dizendo tornou a voz da minha consciência. Não quero ter que ouvir de outra pessoa as críticas que eu não suporto ouvir, porque só ela têm o direito de dize-las. Não quero ter mais ninguém como o lado positivo dessa pilha negativa que eu sou, e, quando não for mais uma questão de querer e eu tiver de acostumar a sentir sua falta, vou me lembrar de todas as brigas, de todas as preocupações exageradas, de todas as críticas e de todos os conselhos, vou olhar em retrospectiva para minha vida e ter certeza que ela foi testemunhada pela melhor pessoa que conheço e a convicção de que ainda é.

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