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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Escoliose e cirurgia da minha filha....Paula

Em Dezembro, mês de comemorações e alegrias, comprei o primeiro sutiã para meu bebê não podendo mais ser chamado de bebê. Fui ajudá-la a colocar o bonitinho de bojo e tudo o mais e para minha surpresa o osso da omoplata direita estava saliente e levei um susto.

Marquei então uma consulta com ortopedista, disponibilidade para 10-01 estava com viagem marcada para Caldas e fui viajar e olhando a minha filha de biquíni, percebi que o quadril esquerdo estava mais alto que o direito, solução, aguardar o dia 10-01.

O diagnóstico veio em 10-01 através de um raio-x, Escoliose Idiopática do adolescente com 30º de curvatura. O paliativo colete para tentativa de segurar a curva, pois se o grau evoluísse para valores acima de 40º somente cirurgia na coluna para resolver o problema.

Busquei tudo que encontrei na internet sobre a escoliose para entender, pois a idéia de cirurgia me amedrontava.

Ela começou a usar o colete e como a auto-estima da Paula é boa não atrapalhou em nada a vida dela. Em março um raio-x de controle revela o grau em 40º, ou seja o aparelho não estava segurando a curva. Abril curva de 42º, Maio 44º, a solução para o problema: CIRURGIA.

Internet minha amiga, fez com que eu descobrisse um procedimento chamado: POTENCIAL EVOCADO, o que se resume em uma mala pilotada por um neurofisiologista, para reduzir os riscos de uma paraplegia na cirurgia, ou seja, as sensações são monitoradas através do aparelho em tempo real, caso o medico encoste em algum local inadequado o aparelho acusa e o médico imediatamente escolhe outro local para colocar o pino, parafuso ou haste.

Sabia que não faria a cirurgia sem o recurso, isso estava decidido entre a família, e os médicos onde a levei todos falaram que estavam acostumados a realizar a cirurgia apenas com o TESTE DO DESPERTAR e que não tinham ocorrências de paraplegia, pois o risco era mínimo, mas Deus falava comigo que precisávamos de todos os recursos disponíveis.

Na verdade a maioria dos convênios não cobrem o uso do PONTECIAL EVOCADO, então os médicos nem falam da existência do recurso, escolhi o médico e solicitamos ao convenio o recurso que foi liberado após algumas justificativas.

Chegou o dia (13-07-2011), sem falar que desde que foi diagnosticada cirurgia não conseguia dormir direito e essas coisas.

A cirurgia começou por volta das 7:30 e acabou às 17:12 eu já não agüentava mais e assim que terminou a cirurgia, veio o resultado, no momento da cirurgia o médico havia cutucado de leve uma parte da medula e o membro inferior esquerdo estava parcialmente paralisado, mas como o POTENCIAL EVOCADO havia detectado na hora, ela poderia demorar um pouco para voltar os movimentos normais, mas não havia seqüela permanente. Dentre outras complicações havia uma mais grave o chamado derrame pleural no pulmão esquerdo, ou seja a perfuração da capa que reveste o pulmão e seria necessário dreno e transfusão de sangue, dois dias depois a menina na UTI estava piorando e um raio-x detectou derrame pleural no pulmão direito, novamente dreno e transfusão de sangue. Neste momento, Deus foi o suporte e a fortaleza, pois nossa menina estava com Ele.

Foram nove dias de UTI, saímos vitoriosos e 05 dias depois ela começou a movimentar a perna esquerda e saiu do hospital andando, amparada mais andando.

2 comentários:

Cláudia disse...

Que benção, Oscilange..... Graças a Deus sua filha está bem.... E parabéns pela iniciativa de divulgar para todos.... Isso pode ajudar muitas pessoas... Abraços Cláudia Borges

Oscilange disse...

Claudinha, que bom que gostou...quando ouvir alguem falando que tem escoliose pode pedir para me procurar que estarei a disposição para ajudar....