Dica textão Yoga do dia: eu me
apaixonei por essa pratica, as vezes paro no meio da sala e começo a fazer
algumas posturas: do cachorro olhando para baixo, do gato, da serpente, da
arvore, do guerreiro (essa é uma das favoritas), da criança (me dá enjoo), da
vela e por aí. Yoga é uma filosofia de vida e nesse momento me agarro a ela
para tentar mudar o meu padrão mental, que não anda lá muito bom! Para deixar o
medo do lado de fora e conseguir atingir o objetivo da Yoga, a saber, que todos
os seres sejam felizes! tenho feito preces....
Preces pelos doentes e idosos que
nesse momento de crise estão afastados dos filhos, dos netos para se protegerem
e longe daquele abraço, e até mesmo daquele bate boca (descobri que isso também
é bom);
Preces por aqueles que suas
atividades laborais foram consideradas “essenciais” e por isso continuam
trabalhando, são eles: os garis, os atendentes das farmácias, pet shops,
supermercados, postos de gasolinas, borracheiros, oficinas mecânicas,
profissionais da saúde e algumas outras.
Preces pelos que as suas atividades
não foram consideradas “essenciais”. O que são essenciais? Se o meio de vida da
lojinha ao lado do meu trabalho onde compro uma calça de ginastica baratinha, a
lojinha que vende capinha de celular e aquela loja bacana que tem de tudo por
1,99 é o essencial para a sobrevivência delas e de seus colaboradores; Manicures,
depiladoras, cabeleireiras, costureiras e tantas outras tão essenciais.
Desculpem precisamos sim ficar em casa, mas como contornar essa situação de
maneira sustentável? A água contorna o problema e continua o caminho, invoco a
sua sabedoria para nos ajudar!
Preces, pelas coisas que gosto e
olha gosto muito de tudo que é local e remete à colaboração, não sou consumista
e nem minimalista, mas, por exemplo adoro livros de sebos, com marcas de caneta,
nomes na capa e tals ele já vem com uma história (você não quer mais, mas, eu
quero), sei que eles estão sofrendo e passando por dificuldades! Precisamos
manter essas atividades!
Preces para entender e abraçar a
mudança e entender que amanhã depois que a tempestade passar não poderemos
voltar a fazer tudo igual, afinal sou aquela que sempre digo que adoro as
mudanças, pois tenho medo de tudo ficar igual, será que chegou a hora? Sim todos
os dias mudamos um pouquinho, alguns dizem que o planeta doente está se
curando, outros que nesse modelo de isolamento destruiremos tudo e teremos uma
comoção social de tamanhos inimagináveis. No meu entendimento mudança é algo
gradativo, não consigo ser extremista, então como ajudar o planeta a se reequilibrar
e ao mesmo tempo não produzir a tal da guerra de todos contra todos? Pergunta
que vale vidas completas, sadias, felizes e intensas.
Preces para que o governo aja com
o objetivo de conseguirmos achatar a curva do COVID-19 com o objetivo de não
colapsar o sistema de saúde já tão precário, precisamos de ajuda financeira aos
estabelecimentos prejudicados e aos seus colaboradores. Precisamos muito do
governo, mas também precisamos do coletivo, sermos humanos.
Preces por aqueles que conseguem
fazer home office, pois sua empresa é estruturada o bastante e consegue fazer a
roda girar, façam a sua parte e não saiam de casa por mais que isso seja difícil;
Preces por aqueles que não correm
o risco de perder os seus empregos e estão em isolamento social, que bom!
Preces por aqueles que perderam o
seu emprego nesse momento de crise, esse emprego conquistado a tão duras penas
e com impacto tão grande na manutenção digna de seus familiares;
Preces também por aqueles que a
anos não conseguem uma colocação digna e se juntam aos milhares de informais
que aguardam e aguardam e aguardam;
Preces por aqueles que vivem da
bondade alheia nas ruas e com as ruas desertas estão meio perdidos, muitas
vezes sem nem entender o que aconteceu com as pessoas que sumiram;
Preces para que eu consiga mudar
esse padrão mental, quando percebo que estamos a nos digladiar por opiniões divergentes.
A única coisa que se mantem firme é minha veia Voltairiana: “posso não
concordar com as palavras que você diz, mas morrerei lutando pelo seu direito
de dize-las”.
Enfim preces diversas, pois acho
que nós enquanto humanidade colaborativa não demos certo (postei sobre isso aqui no blog) e por isso apareceu um
vírus para escancarar esse nosso modo de vida individualista, sinto muito por
estar com esses pensamentos, mas não consigo jogar o “jogo do contente”.
O momento é delicado? Sim. O que é
o certo? O meio termo, eis a questão: qual o meio termo? Haja vista que estamos
a pensar com as vísceras, encontrar esse meio termo está difícil. Problemas
complexos requerem soluções simples, porém diferentes! Bora pensar! Bora mudar
o padrão mental! Será que o isolamento está me deixando, assim meia doida? Que
nada sempre fui meia doidinha mesmo!
Que esse período e o Yoga consiga
ressignificar a minha vida, e você? Tem feito o que para atravessar esse
momento ímpar?
Ps.: amo essa foto
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