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sábado, 28 de março de 2020

Yoga X Isolamento social




Dica textão Yoga do dia: eu me apaixonei por essa pratica, as vezes paro no meio da sala e começo a fazer algumas posturas: do cachorro olhando para baixo, do gato, da serpente, da arvore, do guerreiro (essa é uma das favoritas), da criança (me dá enjoo), da vela e por aí. Yoga é uma filosofia de vida e nesse momento me agarro a ela para tentar mudar o meu padrão mental, que não anda lá muito bom! Para deixar o medo do lado de fora e conseguir atingir o objetivo da Yoga, a saber, que todos os seres sejam felizes! tenho feito preces....

Preces pelos doentes e idosos que nesse momento de crise estão afastados dos filhos, dos netos para se protegerem e longe daquele abraço, e até mesmo daquele bate boca (descobri que isso também é bom);

Preces por aqueles que suas atividades laborais foram consideradas “essenciais” e por isso continuam trabalhando, são eles: os garis, os atendentes das farmácias, pet shops, supermercados, postos de gasolinas, borracheiros, oficinas mecânicas, profissionais da saúde e algumas outras.

Preces pelos que as suas atividades não foram consideradas “essenciais”. O que são essenciais? Se o meio de vida da lojinha ao lado do meu trabalho onde compro uma calça de ginastica baratinha, a lojinha que vende capinha de celular e aquela loja bacana que tem de tudo por 1,99 é o essencial para a sobrevivência delas e de seus colaboradores; Manicures, depiladoras, cabeleireiras, costureiras e tantas outras tão essenciais. Desculpem precisamos sim ficar em casa, mas como contornar essa situação de maneira sustentável? A água contorna o problema e continua o caminho, invoco a sua sabedoria para nos ajudar!

Preces, pelas coisas que gosto e olha gosto muito de tudo que é local e remete à colaboração, não sou consumista e nem minimalista, mas, por exemplo adoro livros de sebos, com marcas de caneta, nomes na capa e tals ele já vem com uma história (você não quer mais, mas, eu quero), sei que eles estão sofrendo e passando por dificuldades! Precisamos manter essas atividades!

Preces para entender e abraçar a mudança e entender que amanhã depois que a tempestade passar não poderemos voltar a fazer tudo igual, afinal sou aquela que sempre digo que adoro as mudanças, pois tenho medo de tudo ficar igual, será que chegou a hora? Sim todos os dias mudamos um pouquinho, alguns dizem que o planeta doente está se curando, outros que nesse modelo de isolamento destruiremos tudo e teremos uma comoção social de tamanhos inimagináveis. No meu entendimento mudança é algo gradativo, não consigo ser extremista, então como ajudar o planeta a se reequilibrar e ao mesmo tempo não produzir a tal da guerra de todos contra todos? Pergunta que vale vidas completas, sadias, felizes e intensas.

Preces para que o governo aja com o objetivo de conseguirmos achatar a curva do COVID-19 com o objetivo de não colapsar o sistema de saúde já tão precário, precisamos de ajuda financeira aos estabelecimentos prejudicados e aos seus colaboradores. Precisamos muito do governo, mas também precisamos do coletivo, sermos humanos.

Preces por aqueles que conseguem fazer home office, pois sua empresa é estruturada o bastante e consegue fazer a roda girar, façam a sua parte e não saiam de casa por mais que isso seja difícil;
Preces por aqueles que não correm o risco de perder os seus empregos e estão em isolamento social, que bom!

Preces por aqueles que perderam o seu emprego nesse momento de crise, esse emprego conquistado a tão duras penas e com impacto tão grande na manutenção digna de seus familiares;
Preces também por aqueles que a anos não conseguem uma colocação digna e se juntam aos milhares de informais que aguardam e aguardam e aguardam;

Preces por aqueles que vivem da bondade alheia nas ruas e com as ruas desertas estão meio perdidos, muitas vezes sem nem entender o que aconteceu com as pessoas que sumiram;

Preces para que eu consiga mudar esse padrão mental, quando percebo que estamos a nos digladiar por opiniões divergentes. A única coisa que se mantem firme é minha veia Voltairiana: “posso não concordar com as palavras que você diz, mas morrerei lutando pelo seu direito de dize-las”.

Enfim preces diversas, pois acho que nós enquanto humanidade colaborativa não demos certo (postei sobre isso aqui no blog) e por isso apareceu um vírus para escancarar esse nosso modo de vida individualista, sinto muito por estar com esses pensamentos, mas não consigo jogar o “jogo do contente”.

O momento é delicado? Sim. O que é o certo? O meio termo, eis a questão: qual o meio termo? Haja vista que estamos a pensar com as vísceras, encontrar esse meio termo está difícil. Problemas complexos requerem soluções simples, porém diferentes! Bora pensar! Bora mudar o padrão mental! Será que o isolamento está me deixando, assim meia doida? Que nada sempre fui meia doidinha mesmo!
Que esse período e o Yoga consiga ressignificar a minha vida, e você? Tem feito o que para atravessar esse momento ímpar?
Ps.: amo essa foto

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